
A Sociedade Paraense de Infectologia e a Samaúma Editorial celebraram no último dia 20 de fevereiro de 2025, o lançamento da obra “Tratado de Lagoquilascariase: parasitismo por helmintos do gênero Lagochilascaris em seres humanos e em animais domésticos e silvestres”, de autoria dos médicos Raimundo Nonato Queiroz de Leão, do Acadêmico Habib Fraiha Neto e de Aline Carralas Queiroz de Leão.
O evento aconteceu no auditório do Laboratório Amaral Costa, em Belém, e contou com a presença de autoridades médicas, pesquisadores, acadêmicos e convidados.
A obra, em capa dura e ricamente ilustrada ao longo de 192 páginas, apresenta uma profunda revisão sobre a lagoquilascaríase — uma zoonose rara, mas altamente relevante, sobretudo na Amazônia brasileira.
O livro reúne a maior casuística mundial da parasitose já registrada em uma única publicação, oferecendo uma base científica sólida para médicos, veterinários e demais profissionais de saúde.
O prefácio foi escrito pela Dra. Clea Nazaré Carneiro Bichara, membro da Academia de Medicina do Pará, enquanto a apresentação ficou a cargo do Dr. Alessandre de Jesus Beltrão Guimarães, presidente da Sociedade Paraense de Infectologia. Ambos ressaltaram a importância do livro como um marco na literatura médica ao oferecer um minucioso relato da experiência dos autores no estudo dessa helmintíase em medicina humana.
A lagoquilascaríase, embora pouco valorizada em Medicina humana e veterinária, apresenta grande potencial de gravidade e letalidade, afetando predominantemente indivíduos da Amazônia, especialmente do Pará.
A obra destaca a complexidade diagnóstica e terapêutica da doença, que pode envolver diversas especialidades médicas, dada a ampla variedade de sintomas.
Outro ponto relevante abordado no livro é a discrepância geográfica entre os casos humanos e animais: enquanto a região Norte do Brasil, especialmente o Pará, registra um único caso da zoonose em gato doméstico, o Rio Grande do Sul detém a maior casuística mundial em animais domésticos, sem relatos de casos humanos.
Durante o evento, os autores reforçaram a necessidade de conscientização sobre a profilaxia da lagoquilascaríase, que está diretamente ligada a hábitos alimentares seguros, como o consumo de carnes bem cozidas de mamíferos que se alimentam no solo da floresta, como a cutia e o tatu.
O lançamento foi encerrado com uma sessão de autógrafos, proporcionando um importante momento de troca de conhecimentos entre os participantes, fortalecendo o compromisso da Academia de Medicina do Pará em apoiar a pesquisa científica e disseminar informações relevantes para a saúde pública.
A Academia de Medicina do Pará parabeniza os autores por essa valiosa contribuição ao conhecimento médico, reforçando o papel crucial da ciência e da pesquisa para a prevenção e o tratamento das doenças tropicais que afetam nossa região.
A Academia de Medicina do Pará
Fotos: Divulgação
Obra fundamental para estudantes, pesquisadores e órgãos públicos de saúde. Parabéns aos realizadores!